Postado por Delta em 05/fev/2018
O Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou um inquérito para investigar suposto pagamento de propina ao presidente nacional do Partido Progressistas, senador Ciro Nogueira, durante os anos de 2010 e 2014. Os repasses teriam sido feitos pelo grupo empresarial Odebrecht.
Em depoimento à Polícia Federal, o senador piauiense informou que um executivo da empresa Odebrecht teria lhe oferecido R$5 milhões em dinheiro, que seriam pagos por caixa 2, em 2014. Ciro também disse que viu a proposta como uma desculpa da empreiteira para não fazer doações ao seu partido.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, os três executivos da Odebrecht, José de Carvalho Filho, Cláudio Melo Filho e Benedicto Júnior afirmaram em delação que o próprio senador procurou a empresa para pedir doações no ano de 2014.
Um dos delatores da empresa afirmou que em 2010 o senador recebeu a quantia de R$300 mil que não foram declarados. Além disso, também alegam que outros valores foram negociados pelo senador e a empresa.
Fernando de Carvalho Mesquita Filho, ex-assessor de Ciro, que também é investigado na Operação Lava Jato, foi apontado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa como receptor do dinheiro que seria destinado ao senador.
O PP, atualmente Progressistas, foi denunciado em setembro pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, no caso que ficou conhecido como “Quadrilhão do PP”, por organização criminosa.
A Folha de São Paulo informou que ao ser procurado, o senador Ciro Nogueira afirmou que não vai falar sobre o depoimento prestado à Polícia Federal e negou ter cometido crime de corrupção e lavagem de dinheiro.
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